quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

MEU PRIMEIRO NAMORADO, MEU PRIMEIRO AMOR.

Como eu,  todos tiveram  um grande amor.O primeiro!
E o meu era um amor de uma menina de 17 anos e um homem de 25 anos.

Eu havia chegado a dois meses do Rio de Janeiro e já havia começado a trabalhar em um Cia. de Seguros na cidade de Itajaí.

Alguns dias eu  ia de ônibus e outros ia a pé.

Numa dessas, indo a pé eu passava em frente ao posto de gasolina, pertinho de minha casa, e todos faziam fiu fiu!! Eu nunca olhava.

Um dia, meio metida a carioca, entrei no posto e perguntei quem que assobiava. Eles disseram: Além de nós, que a achamos linda, o  Tetéia está apaixonado por você, e está com vergonha de falar com você.
Eu disse:Bom, com esse apelido ele deve ser viado!!!  rs
Eles disseram não.
Eu pedi para pararem de fazer fiu fiu, porque eu vinha do meu serviço cansada e tinha vergonha.
Eles realmente pararam, mas um dia ao sair do serviço, na porta, havia um caminhão grande, com a boléia verde e branca. E um rapaz meio baixo, tipo 1.68m de altura. Eu já tinha 1.74m.
Eu fiquei olhando o cara lindo meio loiro de olhos verdes sorrindo para mim.
Ele se apresentou como Sidne (sem y mesmo), e disse morar na rua que eu passo quase todos os dias.
Disse que até a mãe dele da janela me achava bonita.

Eu, era meio desconfiada e fale o que ele estava pretendendo comigo.
Na cara dura ele disse namorar com você.
Então eu disse, para ele me dar uma carona logo que ia chover, e me mostrar onde morava.
Ele abriu a porta do caminhão, e eu não  sabia subir, e ele me ajudou.
Não gostei que ele colocou a mão em mim, mas sentei bem na janela longe dele.

Daí ele me contou que trabalhava viajando de caminhão e ajudava numa firma do pai dele.
Eu perguntei porque você tinha o  apelido de Tetéia?

Aí  ele contou que era porque fazia as compras para a mãe dele, que encerava a casa para a mãe e que ela só lavava e cozinhava.
Achei bonito isso, e o elogiei e sorri.
Ele disse que eu sorrindo era mais bonita... hum...

Me deixou em casa e disse que ia me levar no outro dia de manhã.

E assim começamos a namorar, conheci a mãe dele que era um doce,ela  gostou de mim,  e ele viajava voltava, e tudo ia num amor doce e singelo. Levei-o para conhecer minha mãe e ela achava que o conhecia de algum lugar e que ele  era muito "velho" para mim.
Ficamos  uns 4 meses namorando.

Até que um dia ele parou o caminhão em frente da casa dele, e me chamou para subir. Eu subi porque eu sabia que a mãe dele estava lá.
Entramos na sala da frente e ele pediu para a mãe sair um pouco  da sala.
Ela nos trouxe um café e saiu.

Então, ele ficou meio longe de mim no sofá.
De repente ele disse:-Aneide, eu sou noivo a 2 anos.
Daí levei um baque, levantei e já ia indo embora e ele me puxou e pediu para eu ouvir.

Começou dizendo que já era noivo, mas não amava mais a noiva, mas que depois de me conhecer, teve a certeza que eu era a pessoa que ele amava e queria casar, mas no dia que ele foi preparado para falar para ela que ia terminar, ela deu a notícia que estava grávida de 2 meses! 
Naquele tempo, moça de família que  engravidava era obrigada a casar, e ela tinha pai mãe e 3 irmãs.
Então eu disse que ele saia comigo e com ela ao mesmo tempo! Daí ele disse ser  homem e como eu era moça direita, ele continuava mantendo relações com a noiva. Disse que ia terminar comigo, porque teria que casar em um mês que os pais o obrigaram, e começou a chorar muito e eu também, sem falar nada.
De repente, ele disse que jamais ia me esquecer e que me amava. Eu, não falei nada, e fui saindo descendo a escada sem nem enxergar direito os degraus.
Daí aceitei a carona para ele me levar que era já de noite. Desci do caminhão sem olhar para trás, e ele desceu correndo e me abraçando e chorando. Eu disse para me largar, e chegando em casa, tomei banho, chorando demais debaixo do chuveiro.

E assim, aos poucos continuei a ir trabalhar, ora de ônibus ora a pé.Eu o via de longe e começava a chorar. mas mantinha-me firme.
Passou-se 2 meses, ele casou, procurei saber o dia, e fui na igreja, fiquei  perto da porta que entrei.
Assisti ao casamento de óculos chorando e o vi na hora dos cumprimentos ele sentou cabisbaixo no chão da sacristia, só a noiva e parentes receberam cumprimentos. E eu, louca para ir lá abraça-lo, e então fui chorar demais em casa.
O mais engraçado é que a noiva dele era até maior que eu!!!

Bom, daí o tempo passou, eu continuava vendo-o na rua.
Um dia de sábado, eu estava no quintal de casa colocando minhas roupas no varal, e vi no quintal da casa bem lindinha atrás de minha casa, a mulher dele com um barrigão colocando roupas no varal também!

Ele foi morar atrás de minha casa!

Dai após um tempo, falei para todos em casa que eu queria mudar dali,  porque Sidne estava morando ali.  Todos apoiaram e mudamos.

Demorei para esquecê-lo. Ano seguinte fui para SP.


Ane jan 2014

















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