terça-feira, 8 de julho de 2014

O DIA QUE CONHECI MEU PAI BIOLÓGICO

Eu cheguei em Itajaí, vindo do Rio de Janeiro com l7 anos.

Revi meus irmãos minha mãe, e logo em seguida mamãe mandou eu procurar um emprego...
Mesmo não conhecendo direito Itajaí, meu irmão amoroso Neném, me levou a cidade em um emprego que ele havia achado no jornalzinho local.
Fiz teste com 32 mocinhas e meu irmão ficou me esperando no banquinho da praça.
Fomos para casa e iam telefonar para avisar se eu tivesse passado.
Antes,meu irmão mostrou as lojas, igreja, e onde se pegava ônibus. Achei bonitinha a cidade de Itajaí, mas a Igreja gostei a primeira vista. E até hoje é o que mais acho lindo na Cidade de Itajaí. É linda e localizada em um lugar amplo em que ela aparece bem.

Então no outro dia mesmo, apesar de já estar a 7 dias em Itajaí, fui chamada para o emprego!  Na minha casa todos adoraram, eu passar por 32 mocinhas!

Era para trabalhar em escritório de Seguros. Então eu batia os seguros, e passava para meu chefe assinar. 
Era um trabalho muito gostoso e meu chefe era muito bom, a esposa dele e as filhas moças iam sempre lá, e me tratavam super bem. 
Eu ia ganhar mais que o salário mínimo!
E eu fiz amizade com moço de óculos, cara de fubazão, que trabalhava do lado em outro prédio.Chamava Ernesto.
Conversando com o Ernesto contei que não conhecia meu pai biológico, que havia tido um pai de criação que eu amava.
Como era época de Carnaval, ele perguntou se eu queria que ele me levasse para conhecer. Ele tinha uma lambreta novinha!
Pedi para meu irmão Neném para descobrir com minha mãe o endereço da casa da minha avó em Gaspar, uma cidade pequena perto dali.
Neném me deu e eu falei que ia com o Ernesto, e meu irmão também queria ir, mas não deu.

Então como era Carnaval, fui com uma bermuda de listras verticais bem colorida, e uma blusinha de uma cor só. 
Chegando lá, Ernesto ficou num canto com a lambreta me esperando, e fui a pé na casa de minha avó (vó alemã). Chamava Adélia.
Vieram atender o portão e uma moça falou que meu pai estava lá dentro e ia chama-lo.
Lá veio meu pai, bonito, compridão,  meio sério...
Pensei que ele  não havia gostado de me ver.

Ele chegou bem perto de mim, me abraçou beijou e falou: Mas você é linda, é de fechar o comércio! Veio conhecer o pai?  Mas minha filha, eu estou em um dia triste, sua avó, minha mãe morreu e está sendo velada lá dentro. Eu não queria que nossa família visse você com essa bermuda de carnaval em um velório. Vou te dar meu endereço em Lages a cidade que moro com minha família, daí você vai lá está bem?  Daí me deu abração me beijou e falou com quem eu fui. Eu disse peguei ônibus!

Daí o Ernesto estava lá no cantão eu fui a pé atrás dele!  Eu tinha 17 anos.

Cheguei em casa, arrasei com minha mãe e minha irmã! Falei: Conheci meu pai!! A minha irmã ficou bufando de eu ter ido  sozinha! Tudo aquela garota queria ir comigo, e eu não gostava dela logo que a vi, porque não fui criada junto com ela então não sei; ela era meio espírito de porco.  Era mimadinha da mamãe. Folgada.
Eu aceitei que ela era minha irmã, mas notei  logo que a vi que ela era muito estranha, totalmente diferente da minha criação.
Minha mãe perguntou com quem eu fui, disse que fui de ônibus, e o Neném sabia  que o Ernesto tinha me levado.

Para terminar a história, o Ernesto queria namorar comigo, eu não quis, e ficamos amigos.
Continuava no emprego e conheci o primeiro homem por quem me apaixonei.
Mas daí, é outra história...!!!!!!!!!!!!!!!!!


Ane 2014 jul  SP






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