sábado, 22 de dezembro de 2012

MEU IRMÃO AILSON (NENÉM)

Com 11 anos, passei um ano em Itajaí, com minha mãe legítima, e minha mãe lecionava, e ficávamos, eu, Neném e Anita minha irmã  em casa.


Anita, vivia implicando comigo sempre, e meu irmão é que "salvava" porque eu era muito sossegada.
Um dia  Anita me jogou contra a geladeira, e meu irmão "apartou" a briga empurrando-a e ela caiu encima do bujão de gás!!!!
Eu adorei!
Meu irmão era meu herói!

Eu e meu irmão íamos na casa de uma mulher que tinha muitas vacas, então todo dia eu e ele ia lá pegar leite e queijo caseiro, tipo ralado!!!
A gente ia cantando músicas do Tonico e Tinoco! Deixávamos Anita sózinha! Ela é mais nova que eu 3 anos.
Neném, também não se dava bem com ela.

Um dia ele foi trabalhar numa casa de alambique, e ganhou uns trocos, e me convidou pra ir a  Brusque de onibus!!!  Lá fomos nós, eu toda feliz!!!  Ele comprou pastel de banana para nós, foi uma delícia, estar do lado de um irmão que nos ama!!!!

Chegamos em casa a Anita tinha feito nossa caveira para mãe, levamos uma bronca....

Minha mãe legítima era pobre, lecionava e nos sustentava. Por isso, logo tia Tida foi me buscar de novo, (infelizmente)

Um dia na rádio mandaram fazer uma frase engraçada e mandar. Eu escreví uma "A TABA É IRMÃ DA TABINHA",  eles acharam engraçado, e ganhei uma kombi cheia  de produtos de alguma marca!!!
A vizinhança jéca, todos ficaram olhando, e eu  e Neném só ríamos atrás da porta, com vergonha. Minha mãe que recebeu.
Era muita coisa gostosa.

A minha irmã quando viu que estava fora das nossas travessuras, começou a ficar do nosso lado...como sempre muito espertinha....
Quando ela me jogou na geladeira, na briga ela quebrou meu dedo mindinho da minha mão, que até hoje é torto!!!

Meu irmão Neném, sempre dizia: No meu "cardápio" (era a maneira de falar) só entra você e Ailton, que é meu irmão de Curitiba.
O Adilson que faleceu, ele gostava mas se davam meio mal.

Depois a gente se separou e voltamos a nos ver quando meus irmãos me pegaram no Rio de Janeiro, já com 17 anos.

Meu marido dava de tudo para o Neném, gostava muito dele.

Depois eu tinha um apto em Camboriú (já vendido), e eu levava ele lá em casa com a neta dele e o neto.
Pegávamos sirí juntos em Porto Belo.
Quando comprei apto em Itapema, ele també ia lá.

Ele tinha uma casa bonita que mandou construir, fez uma família e ganhou um lindo filho com olhos verdes, que puxou do meu pai legítimo.
Me dou muito bem com minha cunhada e sobrinho que moram em Itajaí.
Eles não se dão com Anita que mora lá, pela hostilidade dela.

A última vez que ví meu irmão, ele me abraçou apertado e eu disse EU TE AMO, umas 10 vezes, acho eu, até durante a minha viagem de volta eu dizia da estrada: Neném eu te amo!

Ele faleceu, eu não pude ir ao Adeus a ele, porque estava numa situação meio ruim "provisóriamente" era durante meu divórcio....

Mas sonho muito com ele.
Jamais, jamais o esquecerei.

Deixou a família, graças a Deus bem, já que ele era estivador do porto de Itajaí.
Morreu de infarto, de repente.

Sofrí demais, chorei muito, não me conformava.

Mas vamos nos encontrar, se Deus quiser.



Ane






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